Com os avanços da medicina, uma ampla variedade de medicamentos oncológicos é desenvolvida para combate ao câncer. Uma das mais recentes adições a essa lista é o Alecensa. Neste artigo, vamos falar sobre os benefícios desse medicamento, possíveis efeitos colaterais e quando é apropriado usá-lo.
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O que é Alecensa?
Alecensa, cujo princípio ativo é o alectinibe, é um medicamento oncológico usado principalmente no tratamento do câncer de pulmão. O alectinibe é pertencente à classe de inibidores de tirosina quinase, projetada para bloquear enzimas específicas que promovem o crescimento de células cancerosas.
Alecensa: para que serve?
Alecensa é um medicamento oncológico que mostrou avanços significativos no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC). A principal indicação de Alecensa é para mutação específica no gene ALK (quinase do linfoma anaplásico). Essa mutação resulta na produção de uma proteína anormal, que estimula a proliferação descontrolada de células cancerígenas, causando o desenvolvimento e a progressão do tumor.
O princípio ativo do Alecensa, alectinibe, age como um inibidor dessa proteína anormal, projetado especificamente para bloquear a ação dessa proteína. Assim, o alectinibe ataca o nível mais básico das células cancerígenas, interrompendo o crescimento e a disseminação. Esse mecanismo de ação focado faz do Alecensa uma alternativa poderosa para combater o CPNPC em pacientes com a mutação ALK.
O uso de medicamentos direcionados, como o Alecensa, representa uma mudança no paradigma do tratamento oncológico. Em vez de abordagens mais genéricas, que afetam tanto as células saudáveis quanto as cancerígenas, o alvo de medicamentos como Alecensa é apenas as células anormais. Portanto, o tratamento é mais eficaz e reduz muitos dos efeitos colaterais associados às terapias oncológicas tradicionais.
Como o Alecensa funciona?
O Alecensa atua inibindo a atividade da tirosina quinase ALK, bloqueando vias essenciais para o crescimento e sobrevivência das células tumorais. A substância ativa, alectinibe, mostrou eficácia contra mutações de ALK, incluindo aquelas que causam resistência a outros tratamentos, como o crizotinibe.
Além disso, o Alecensa é capaz de se distribuir no sistema nervoso central, apresentando resultados promissores em estudos, como a regressão de tumores no cérebro e o prolongamento da vida de camundongos com tumores intracranianos.
Após a ingestão, o medicamento atinge níveis máximos no sangue entre 4 e 6 horas, alcançando equilíbrio no organismo após 7 dias de uso contínuo.
Quando usar o Alecensa?
Além de ser indicado para pacientes recém-diagnosticados com a mutação ALK em CPNPC, Alecensa também é administrado quando, após tratamento com outros medicamentos, como o crizotinibe, houve recorrência da doença ou o câncer se espalhou.
Essa segunda indicação destaca o papel do Alecensa não apenas como uma linha de tratamento inicial, mas também como uma opção terapêutica valiosa para quem precisa de tratamentos subsequentes.
No entanto, a decisão de prescrever Alecensa é de responsabilidade de um oncologista, com base em uma série de fatores, por exemplo, mutação ALK, estágio do câncer e saúde geral do paciente.
Alecensa: efeitos colaterais
Como a maioria dos medicamentos, o Alecensa pode apresentar efeitos colaterais. Os mais comuns são: fadiga, constipação, edema e aumento de peso. Mais raramente, provavelmente manifestam-se problemas hepáticos ou pulmonares, ritmo cardíaco lento e anemia. É essencial que os pacientes conversem a respeito de todos os efeitos colaterais potenciais com seu médico e relatem qualquer sintoma anormal imediatamente.
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